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sábado, 27 de agosto de 2011

O REI DO CANGAÇO SE RENDE AO REI JESUS


O rei do cangaço se rende ao rei Jesus

Personagens

Rosinha_______________________________________
Capitão Lampião­­­­­­­­­­­­________________________________
Lamparina­­­­­­­_____________________________________
Vela acesa____________________________________
Bina__________________________________________
Missionário____________________________________

Cena 1
(entra Lampião conversando com Lamparina)

Lampião: Lamparina quero tudo em ordem, porque minha filha Rosinha ta chegando hoje da cidade grande. Ela acabou os estudos...  Sempre sonhei ter uma filha professora... Ela é  orgulho da minha vida
Lamparina: (suspira) Ai Rosinha!!!!  Que sardade...
Lampião: Sardade???
Lamparina: Que o Senhô ta sintindo dela,né? Deve ser  ruim ficar longe de quem se ama...(cara de Apaixonado)
(entra Vela Acesa)
Vela: Capitão, capitão(quase chorando). O Senhô num sabe o que se assucedeu antontem.
Lampião: Fala logo home
Vela: A vaca da sua muié
Lampião: Isso lá é jeito de falar da minha esposa?
Vela: Não capitão... A estrela... a vaquinha que o senho deu pra sua muié.
Lampião: Fala logo home froxo, o que sucedeu? Desembucha!
Vela:É que a estrela, sua vaquinha, tava pastando, e derrepente, surucou no ribeirão.
Lampião: E ocê num fez nada??
Vela: Fiz sim, senhô. Fiquei vendo se ela sabia nadar, mas ela não sabia, não. Daí quando ela tava se afogando, saí correndo pra avisa o senho.
Lampião: Mas não foi antontem, por que oce só chegou hoje, cabra lerdo!
Vela: E que  como eu corri muito, em me cansei, parei pra mode de descança um bucadinho, e peguei no sono e só acordei agora pouco. Não deu nem pra escova os dente.
Lampião: E a vaca estrela, onde ta??
Vela: No céu!
Lampião: como assim? Bicho nãao vai pro céu.
Vela: Ah, vai sim! Os aerobus comeram tudo ela, e dispois saíram voando la pra riba. So deixaram o sininho. Coitada dela!!!
Lampião: eu divia mata oce, vela acesa!! Mais hoje nada vai tira minha paz. Minha filha ta chegando daqui  a meia hora, e eu quero que oce vai busca ela na rodoviária.
Vela: É patrão, dessa vez o senho bem que podia mandar o Lamparina. Que to muito cansado e muito sentido com a morte da vaca estrela.
Lampião: Eu to mandando oce seu estrupício!! Eu e Lamparina vamo ver a roçada do terreno onde noís vamo construí a capelinha de São Capitulino.
(Vela sai resmungando)
Os dois também saem conversando.
Cena2
(Rosinha chega na rodoviária, coloca a mala no chão, se estica)
Rosinha: Valha-me Deus! Achei que não chegava mais é nunca. Mais graças a Deus que to devorta na minha terrinha. To indo pra minha casa, rever meu pai, o povo da fazenda,(suspirando) Vou ver Lamparina!!!!!
(Entra o pastor com uma malinha e a bíblia,cantando: eu quero trabalha pro meu Senho levando a palavra com amor...)
Rosinha: Pastor Hemerenciano! Quanto tempo! Tá perdido por essas bandas? A Urtima vez que eu te vi, foi num curto em Cerro Azul. Lembra? Deus usou a irmã cotinha pra falar que o sinhô ia pruma terra distante...
Pastor: E tu queria que eu fosse mais longe do que isso irmã Rosinha?
Rosinha:Não pastor!! É que eu imaginei que o sinhô  tava nos esteites essa hora...
Pastor: Não irmã! Meu chamado é pra ir onde ninguém mais quer ir! Pros esteites todo mundo quer!!
Rosinha:  Amem Pastor!
Pastor: E a senhora o que faz por aqui? Tem parente por essas bandas?
Rosinha: Tenho sim senhor!Agora que acabei meus estudos,vim mora na fazenda do meu pai,e por falar nele,nem sei como vo fala pra ele q virei crente.
Pastor:Mais  oce num conto ainda?
Rosinha:Pastor meu pai odeia crente,e por aqui todo mundo tem medo dele ate o padre,ele manda em todo mundo,e o povo chama ele de Capitão Lampião.O sinhô tome cuidado!!!
Pastor:Não se preocupe, pois quando Deus manda ele cuida da gente!E eu vo indo dona rosinha que tem uma família de irmão me esperando!A paz do Sinho.
Rosinha: Paz do Sinho pastor!Inté..
(Sai o Pastor , plaquinha horas depois)
Rosinha:Ai Jesus será que arguem vem me buscar antes do arrebatamento,eu queria faze a obra queria casar, mas pelo jeito a trombeta vai toca e vou ter que subir daqui  da rodoviária... Pelo tempo da demora, o pai deve ter mandado o Vela Acesa me buscar.
(entra o Vela acesa, meio desanimado  cantando: Eita mundão véio sem porteira, morreu a pobre da vaca estrela)  
Rosinha: logo vi que era oce que tava vindo me buscar pela lerdesa.
Vela Acesa: Não brigue comigo não, dona  Rosinha, meu coração ta partido, perdi minha meió amiga.
Rosinha: Mas quem era? Seu conhecia?
Vela: Conhecia sim (chorando)
Rosinha: Era la da fazenda?
Vela: Era sim!
Rosinha: Era a dona  Candinha??
Vela:não
Rosinha: Fale home, quem era então?
Vela: A vaca estrela, minha amiga, conseiera... Agora de amiga só restou a a galinha Maricota.
Rosinha: Pare de bestera pegue minhas malas e vamo simbora.Que eu to  varada da fome.

Cena 3
(entra o capitão reclamando da demora)
Capitão: Ara  que demora! Vela acesa é pior que tartaruga!
Lamparina: (entra correndo, saltitante, todo empolgado)Capitão... ela chegou capitão!
Ela ta lá, é ela, a Dona Rosinha
Lampião: Que emporgação é essa?
Lamparina: Eu to assim por causa do sinhô, se o sinhô ta feliz, eu tamem to, sua felicdade é a minha capitão!!!
Lampião:Bina!! Oh Bina!! ( bina entra correndo e na hora que vai falar é interrompida pelo capitão) Carma, carma, não precisa gritar! Oce fala demais Bina) Prepara a mesa dona Rosinha ta chegando (bina tenta falar novamente e é interrompida novamente) Rápido, rápido, não tenho tempo pra suas conversas.(Bina sai e entra Vela Acesa. Rosinha vem correndo e abraça o pai)
Rosinha: que saudade do sinhô meu pai.
Lampião: Eu tomem minha filha
Lamparina: (tira o chapeu envergonhado e diz)Satisfação em revê-la, dona Rosinha!!
Rosinha (sorri envergonhada e responde) Satisfação



Lamparina: A sinhora ta cada veis mais linda
Lampião: Que história é essa??
Lamparina:Cada dia mais parecida com o sinho capitão.
Rosinha: Agradecida! O sinhô, também, ta mais forte, mais bonito, parece inté que cresceu??
Lamparina(empolado estufando o peito)2 Cintimetros!
Vela (debochando) Só se for no sarto da butina!!!
Rosinha: Fique sabendo que oce agora é homi de confiança do meu pai!
Lamparina: Agora eu sou seu braço direito, né capitão?
Lampião: é verdade, meu braço direito
Vela: Inda bem que é braço. Se fosse perna o capitão andava era mancando.
Lamparina: Se não tem o que fazer não ? Acho que Bina ta te chamando na cosinha.
Lampião: Conversa ta boa, mais nois vamo come que esse armoço ja virou janta.
(Passa a plaquinha: Algum tempo depois)
Entram  Rosinha e Lampião
Rosinha: Eita comidinha boa heim!
Lampião: é verdade, Bina cozinha muito bem, pena que fala demais! Mais Filha, oce precisa ver o projeto da capelinha de São Capitulino. Coisa mais linda vai ficar.
Rosinha: Preciso falar uma coisa pro sinhô.
Lampião: Arguem andou mexendo com oce na cidade?
Rosinha: Num é nada disso pai, eu encontrei argúem que mudou a minha vida
Lampião: Então traga o moço aqui pra mor de nóis cunhece.
Rosinha: Já falei que num é nada disso pai. Eu me encontrei foi com Jesus, (fala da conversão) o sinhô me entende pai?
Lampião: (alterado, nervoso) Oce virou crente???  Oce ficou é doida? Fizeram  lavagem cerebrar na sua cabeça?
Rosinha: Mais pai...
Lampião: Não quero mais sabe dessa conversa, vo reza para São Capitulino perdoa oce,
(Sai Lampião e Rosinha atrás dele tentando se explicar)
(plaquinha: 2 dias depois)

Cena 4

Lampião: Num consigo inguli esa historia de Rosinha ter virado crente
(entra Vela )
Lampião: Onde que oce tava estrupício? To te chamando faz mais e hora.
Vela: carma capitão! Eu fui na cidade pricura antidepressivo pra galinha
Lampião: que cunversa é essa?
Vela: é qui  quando contei pra galinha Maricota, qui a vaca estrela morreu,  ela ficou chocada i não botou mais nenhum ovo, por isso fui compra remédio pra ela.
Lampião: i qui paper é esse na sua mão?
Vela: foi por isso que demorei.é quei tinha um pastor no meio da praça entregando uns papér pru povo ir pro curto.i ele  me falou umas coisa qui mi féis  ate  pensá.
Lampião: impossiver! Só pensa quem tem cerbro
Vela: cumu eu trra dizendo ... ele  cumeçou a falarr di um tar  de Jesus que sarva, cura  i ressuscita inté morto iguar dona rosinha  diz pra nois.
Daí garrei pensá: já fui devoto de São briguilino qui é santo dos individadu, mais ele nunca pagou meus fiado. Fui devoto de São virgulino das carzas impossiver i elas continuaram impossiver, fui devoto do santantão i inte agora num casei. I o pastor disse  qui esse tar de Jesus é mais mior qui todo santo qui inziste. Diz qui até aligria ele bota na arma di nóis... i eu fiquei cuiroso por dimais da conta pra cunhece esse tar Jesus i to ate pensando im ir junto com o pessoar da construção da capelinha porque eles diz qui vai no curto  hoji.
Lampião: há ... eles vai no curto é??? Vamu ver  si vai ter o tar curto memo!
Chama  lamparina qui eu priciso ter uma prosa cum ele... corri home.




( sai vela e lampião corre de um lado pro outro)
Lampião: era so o qui mi fartava.....um pastorzinho na minha cidadi. Vai ver qui foi ele  qui fez lavage na cabeça di minha filha... ele vai ver quem manda por aqui!
(chega lamparina)
Lamparina: mando chamá capitão? Argum probrema cum dona Rosinha?
Lampião: tem probrema sim! Mas num é cum Rosinha não! (capitão tira a pexeira e diz:
Eu tenhu um servicinho pra oce
Lamparina: ( tira o canivete e diz: fala capitão... )
Lampião? Quero qui oce de uma lição nesse pastorzinho intendido?
Lamparina (afiando  o canivete ) intendido meu capitão!
Lampião: agora vai  qui quero isso resorvido ate di noiti.
( os dois saem e entra rosinha e bina pegando duas cestas e vão pro pomar)
( entra vela acesa e pergunta: ondi vão as donnzela?? )
Rosinha diz: vamu no pomar
Vela: possu ir coceis?
Rosinha:  si oce num tem mais nada pra faze podi ir cum nois pru modi ajuda nois a traze as fruita.
(saem vela bina e rosinha)


CENA  5 Entra o pastor
O pastor e fica esperando quando de repente entra lamparina todo afrontado e com sangue quente com o canivete na mão  e o pastor vai cumprimentar lamparina dizendo que estava esperando por ele
Pastor: qui bão qui oce chego... eu tava esperando por oce fais tempão
Lamparina: o sinhô sabi por um acaso cum quem o sinhô ta falando?
Pastor: sei sim!  O sinho num é o diocreciano ?
Lamparina: oxente! Cumu pode??
Pastor: isso mesmo seu diocreciano eu quiria muito conta uma historia pru sinhô
(contar a historia de zaqueu fazendo  uma comparação entre zaqueu e lamparina em seguida faz convite pra aceitar a Jesus como salvador)
Lamparina:mas pasto mi respondi uma coisa... quem conto pru sinhô qui eu mi chamu diocreciano?
Pastor: meu fio num pricisa  ninguém conta pra mim quem é oce pru mode o esprito santo já tinha  dito pra eu qui oce tinha um coração bão i que  ingual zaqueu tu ia deixa Jesus entra nu seu coração.
Lamparina: intão si o isprito santo falou pru sinhô ta falado! Eu queru  qui esse Jesus entri nu meu coração.
Pastor: intão ripita o qui eu vou  fala...(faz gestos de oração)
Lamparina sai todo feliz mas no meio do caminho lembra da empreitada do capitão...
Lamparina: ai meu Jesus  cristinho  o qui eu vou fala pro capitão agora? Cumu qui eu vo fala qui num matei o homi ii qui agora eu tumém so crente? (E fica pensativo)
Lamparina: mai que sabe... si Jesus ta cumigo eu num prisiso fica aperriado , vo infrenta a situação cumu cabra macho, si ele mi mata eu vo pru céu.

CENA 6

(Capitão ta na sala quando entra  vela apavorado)
Vela: capitão capitão, uma desgracera si assucedeu Dona Rosinha capitão Dona Rosinha capitão...
Lampião: o qui aconteceu home? Por meu são capitulino  fala logo!
Vela: Dona rosinha caiu da goiabera toda estatalada nu chão i acho qui deu um passamento na pobri
Lampião: ondi ta ela agora??/
Vela: Bina ta trazenu ela  ( entra biná arrastando Rosinha)


Lampião: gente traiz agua pra ela!  Faiz arguma coisa, chama o dotor,chama arguma rezadera, chama u padre faiz logo arguma coisa .
Vela: o dotor ta na capitar, o padre viajo pra faze o casório  na capitar tamem.i as rezadera tão tudo na novena da santa desatadera denó.
A bina: chora desesperada e pega um terço  e começa a rezar
Lampião : ai meu são capitulino mim ajuda! Eu sempri fui seu devoto, sempre paguei minhas promessas( quase todas),, sempre criditei em seus pudê
(todos lamentam e tentam reanimar  Rosinha)
(Passa a plaquinha)
(entra lamparina sem entender nada  do que esta acontecendo)
Vela:conteceu mais uma desgracera aqui na fazenda.
Lamparina: qui xoradera disinfiliz  é essa? Morreu quar di nossos bichu dessa veiz??
Vela:num morreu ainda mais a pobizinha num qué acorda... já tentemu di tudo pra cordà ela.
Lamparina: ela quem?
Vela: Dona Rosinha parece qui ta mar dii morti adispois di uma baita queda da goiabera.
Lampião: lamparina qui bão qui oce chegou! Nois num sabe mais o qui fazê mi da uma luz.
Lamparina: já sei u qui nois  podi fazê... chamá u pastor o mais rapidu pussiver.
Lampião: oxente! Mais tu num mato o omi??/
Lamparina: é ... mata eu num matei... mas tivemu uma prosa boa
Lampiião:  o causo agora é a Rosinha.. intão chama logo esse pastor .
(Lamparina sai correndo)
Lampião: ô sinhô Jesus dus crenti si o sinhô inxistí e podi curá minha Rosinha eu prometo pru sinhô qui eu dexo di criditá im são capitulino, constuo uma igreja nu lugá da capela, mais si o sinhô num curá a Rosinha num tem igreja ,boto pra corrê o pastor e dô uma baita coça nus crente qui eu incontrá.
(entra o pastor)
Lamparina: pronto  capitão ta aqui o pasto.
Vela: pronto pasto ta aqui a quase difunta.
Lampião: pastor vê o qui o sinhô podi fazê por minha Rosinha.
Pastor: eu não posso fazer nada mas Jesus pode...( fala de alguns milagres feitos por Jesus e ora pela moça)
(Depois da oração, Rosinha acorda e levanta como se não tivesse acontecido nada, todos ficam maravilhados com a cura da moça)
Lampião: Ola Sinho pastor, eu fiz uma promessa e não posso deixar de cumprir.
Eu disse que se Jesus curasse minha filha eu ia ser devoto so dele. E eu preciso que o sinhô me ensine como é que faz isso., por que eu quero se crente iguar Rosinha e o sinhô
Rosinha: Mais esse é o dia  mais feliz da minha vida
Abraça o pai e oram junto com  pastor.
Plaquinha 1 semana depois
Lamparina entra para falar com lampião
Lamparina : Bom dia capitão
Lampião: Capitão não,  nem lampião, agora Jesus me transformou no irmão Nerso, meu nome de verdade. Bom dia só tomem não. Bom dia e a paz do Senho!
Lamparina: Ta certo, irmão nerso. Paz do sinhô!
Lampião: então diga irmão diocreciano. O que que o sinho ta querendo falar comigo.
Lamparina: Vo idreto ao assunto, quero casa com dona Rosinha.
Lampião: Casa com Rosinha? E ela sabe disso? Rosinhaaaaaa.
Rosinha: Sim meu pai
Lampião: Irmão Diocreciano ta querendo casa com oce! O que que oce me diz?
Rosinha: Aleluia, te que infim, pensei que ele não fosse cria corage nunca.
Lampião: intão ta feito, o casamento vai ser na inauguração da igreja.
Saem todos
Passa a plaquinha
o casamento é realizado e chega de jogar o buquê e quem pega é vela acesa
Vela: eita qui chegô minha veiz...
Bina: pensei qui tu nunca ia si dicidi homi...
Vela: é Bina já vi  qui nossus distino ja tava iscrito memu...
Vela: tu continua ai sorterona qui eu caso cum a moça da praquinha rsrs
vela da uma piscadinha pra moça da plaquinha e todos  riem

Fim

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